Em que situação é necessário fazer histerectomia?

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19 de fevereiro de 2022

Existem alguns procedimentos ginecológicos indicados para tratar a saúde da mulher, um deles é a histerectomia, que consiste na remoção cirúrgica do útero. Ela pode ser utilizada para tratamento de doenças benignas ou malignas que envolvam o útero.

No texto abaixo explicamos um pouco mais sobre a histerectomia, seus tipos, cuidados e aplicações. Acompanhe.

O que é histerectomia?

Como já falamos, a histerectomia é uma cirurgia ginecológica em que é removido o útero, podendo ser realizada por via laparoscópica, robótica, abdominal ou vaginal.

O procedimento é indicado a partir da presença de determinadas doenças e deve ser prescrito perante uma avaliação clínica adequada.

Tipos de histerectomia

A histerectomia pode ser classificada em alguns tipos diferentes. Veja mais sobre eles abaixo:

Tipos de histerectomia por extensão do procedimento

De acordo com a extensão da cirurgia realizada, a cirurgia pode ser dividida em:

  • Histerectomia parcial: remoção da parte superior do útero e permanência do colo do útero;
  • Histerectomia total: remoção do útero e das trompas, incluindo o colo do útero;
  • Histerectomia radical: remoção do útero e dos ligamentos do órgão, do colo do útero e de tecido da vagina em torno do colo do útero.
  • Panhisterectomia: remoção do útero com colo uterino, trompas e ovários.

Tipos de histerectomía por modo de procedimento

A operação pode ser feita por meio de quatro procedimentos cirúrgicos:

  • Histerectomia abdominal: há corte no abdômen, semelhante ao da cesariana, com tempo de internação de dois a quatro dias e de recuperação de aproximadamente seis semanas;
  • Histerectomia vaginal: há corte na vagina, com tempo de internação de um dia e de recuperação de duas a três semanas;
  • Histerectomia laparoscópica: são feitos pequenos cortes no umbigo ou na vagina, com tempo de internação de um dia e de recuperação de duas semanas.
  • Histerectomia robótica: realizada da mesma forma que a laparoscópica, mas com máquinas realizando o procedimento, com tempo de internação de um a dois dias e de recuperação de duas a três semanas.

Indicações da histerectomia

Inicialmente colocada como o único tratamento para diversas patologias ginecológicas, a histerectomia teve sua frequência de realização diminuída de acordo com o aparecimento de outras modalidades terapêuticas.

Hoje em dia, a decisão de remover o útero envolve uma série de fatores, como o tipo de enfermidade, a resposta a tratamentos médicos prévios, a idade da mulher e os seus planos reprodutivos. Algumas dos casos que podem levar à histerectomia são:

  • Mioma uterino: a decisão cirúrgica deve ter em conta as dimensões dos miomas (miomas de grandes dimensões) e o seu crescimento ao longo do tempo, a gravidade dos sintomas (hemorragias e dores) e o insucesso prévio com o tratamento médico, além da intenção da mulher quanto à não reprodução.
  • Hemorragias uterinas anormais e dores pélvicas: no caso de situações graves, em que outros tratamentos médicos não foram bem sucedidos ou não foram tolerados, pode ser indicada a realização de histerectomia, desde que tratada também as doenças relacionadas como a endometriose.
  • Prolapso dos órgãos pélvicos: habitualmente, não têm indicação cirúrgica, exceto nos casos mais graves, em que a histerectomia é realizada a fim de facilitar a correção dos prolapsos apicais como na fixação do prolapso no ligamento sacroespinhal.
  • Doenças malignas ou pré-malignas (tumores malignos): de acordo com o estadio da doença, podem ter indicação para histerectomia. Estas incluem o câncer do colo do útero ou do corpo uterino, o câncer da trompa e o câncer do ovário.

Cuidados antes da histerectomia

Algumas condições podem ser necessárias de colocar em prática para garantir o sucesso do procedimento, como:

  • Fazer exames pré operatórios e consulta pré anestésica com anestesista que irá realizar a cirurgia;
  • Ficar em jejum absoluto por algumas horas antes do procedimento;
  • Realizar biópsia do endométrio antes da histerectomia, se necessário.

Cuidados pós-cirúrgicos

Após o procedimento é normal que a paciente sinta cólicas abdominais, dificuldade em urinar, sangramento vaginal por alguns dias e constipação intestinal. Para combater esses sintomas a médica poderá receitar medicamentos, além de uma dieta rica em fibras orientada por nutricionista e com muita água. Além disso, há cuidados importantes a serem tomados, como:

  • Repousar, evitando pegar peso, fazer atividades físicas ou movimentos muito bruscos, por, pelo menos 30-45 dias;
  • Evitar relações sexuais, observando a orientação médica quanto ao período;
  • Fazer pequenas caminhadas em casa ao longo do dia, evitando ficar o tempo todo deitada, para melhorar a circulação e evitar trombose.

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