Dicas de como identificar e tratar infecções vaginais comuns

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Clinica Salvata

28 de junho de 2024

As infecções vaginais são extremamente comuns e podem ser desencadeadas por uma ampla gama de fatores. Reconhecer rapidamente os sintomas dessas infecções e procurar o tratamento adequado são fundamentais para evitar desconfortos persistentes e possíveis complicações que podem surgir se não forem tratadas de maneira eficaz.

Por isso, trouxemos, hoje, dicas valiosas de como identificar e tratar as infecções vaginais mais comuns. Boa leitura! 

 

Causas

Os lactobacilos presentes na vagina desempenham um papel importante na proteção natural do organismo contra infecções, ajudando a manter o pH vaginal estável e ácido. O ambiente ácido funciona como uma barreira natural contra bactérias e fungos prejudiciais, proporcionando uma defesa eficaz para a saúde íntima da mulher.

Em circunstâncias de estresse ou de uso de certos medicamentos, pode ocorrer uma queda significativa na resistência do organismo e a mulher se torna mais vulnerável a infecções. 

Contudo, existe uma variedade de fatores que elevam as chances da ocorrência de infecções vaginais: 

  • Má higiene: Quando a higiene da área genital não é feita de forma adequada, a mulher se torna mais propensa a desenvolver o desequilíbrio da flora vaginal, ocasionando a proliferação descontrolada de fungos que provocam a candidíase.
  • Uso de roupas íntimas apertadas: Roupa íntima muito apertada pode reter a umidade e reduzir a ventilação na pele. Uma menor ventilação, somada à umidade são fatores que contribuem para o crescimento de bactérias e fungos.
  • Alterações no pH vaginal: Quando ocorre uma redução da acidez vaginal, o número de bactérias protetoras (lactobacilos), que normalmente vivem na vagina, diminui, e o número de bactérias nocivas aumenta, o que pode causar a vaginose bacteriana.
  • Exposição prolongada à umidade: Se a vulva ou a vagina ficar exposta à umidade por muito tempo, pode ocorrer o crescimento excessivo de bactérias e fungos. 
  • Exposição a bactérias de outras fontes: As bactérias do sistema digestivo podem entrar na vagina, alterando o equilíbrio das bactérias ou causando uma infecção. 
  • Fatores hormonais: Alterações nos níveis hormonais, como durante a gravidez, menstruação, uso de contraceptivos hormonais ou menopausa, podem aumentar o risco de infecções vaginais.
  • Uso de antibióticos: Antibióticos podem matar as bactérias benéficas na vagina, permitindo que as bactérias nocivas cresçam descontroladamente.
  • Irritação química: Produtos de higiene íntima, duchas vaginais, sabonetes perfumados, roupas íntimas sintéticas, lubrificantes e outros acessórios sexuais podem irritar a vagina e aumentar o risco de infecções.
  • Sexo sem proteção: Relações sexuais desprotegidas podem facilitar a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis que afetam a área genital.
  • Queda da imunidade: Pessoas com sistema imunológico enfraquecido devido a condições como HIV/AIDS, uso de medicamentos imunossupressores ou outras doenças podem ter maior susceptibilidade a infecções vaginais.

 

Principais tipos 

As infecções vaginais ou vaginites podem gerar muito desconforto e até mesmo um certo constrangimento, sendo tratadas muitas vezes como um tabu para algumas mulheres. Os sintomas podem afetar mulheres em qualquer idade e, geralmente, causam corrimento vaginal com coceira, vermelhidão e, às vezes, ardência e desconforto da vagina e vulva.

O corrimento vaginal pode ser causado ​​por uma infecção que afeta não apenas a vagina, mas também os outros órgãos reprodutores.

As infecções mais comuns são: 

  • candidíase.
  • vaginose bacteriana.

Entre as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), as mais frequentes são:

  • HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano).
  • clamídia.
  • herpes.
  • gonorreia.
  • sífilis.
  • tricomoníase.

Vale salientar que alguns sintomas de vaginite não necessariamente indicam uma infecção, pois podem ser causados por outras condições que afetam a vagina ou a vulva. Alguns produtos químicos ou materiais podem irritar a região íntima. Essa inflamação é conhecida como vaginite não infecciosa ou inflamatória.

A vaginite atrófica é outra forma não infecciosa que pode ocorrer em mulheres geralmente após a menopausa. Nessa fase, a diminuição dos níveis de estrogênio resulta em uma diminuição da espessura e da elasticidade das paredes vaginais, além de uma redução na produção de muco vaginal.

Como identificar?

As infecções vaginais causam um corrimento vaginal, o que é diferente da secreção vaginal normal.

A secreção vaginal normal é uma secreção natural da vagina que pode variar em quantidade, consistência e cor ao longo do ciclo menstrual. Geralmente, é transparente ou levemente branca, sem odor forte, e pode aumentar durante a ovulação e próximo da menstruação. Esse tipo de secreção é considerado normal e não causa sintomas como coceira, ardor, vermelhidão ou odor desagradável.

Por outro lado, o corrimento vaginal anormal costuma vir acompanhado de coceira, vermelhidão, ardência ou desconforto na região genital e pode ter um odor fétido.
O aspecto e a quantidade de corrimento pode variar dependendo da causa.

É importante observar qualquer mudança significativa no corrimento vaginal e buscar orientação médica se ocorrerem sintomas de corrimento anormal. Um diagnóstico preciso é essencial para iniciar o tratamento correto e prevenir complicações.

Ficar atenta a esses sinais pode ser crucial para detectar precocemente uma possível infecção. No entanto, a maneira mais confiável de confirmar que se trata de uma infecção vaginal é através de exames ginecológicos específicos. 

Entre os exames mais comuns, destacamos:

  • Exame físico: O médico realizará um exame ginecológico, que permite verificar se há lesões na mucosa vaginal ou qualquer tipo de corrimento anormal.

  • Exame laboratorial: Durante o exame físico, é colhida uma amostra de líquidos da vagina ou do colo do útero e essa amostra é enviada para um laboratório. Através da análise de microscopia, será possível determinar se a causa é bacteriana ou fúngica.

Como tratar essas infecções?

As infecções vaginais causadas por bactérias, fungos ou protozoários são tratadas com antibióticos ou antifúngicos. Para infecções causadas por vírus, o tratamento pode variar e deve ser determinado pelo médico com base no agente causador específico da infecção. 

Separamos aqui, algumas dicas para você praticar no seu dia a dia para evitar a ocorrência dessas infecções: 

  • Mantenha a região genital limpa e seca para evitar irritação e alterações no equilíbrio natural das bactérias e fungos. 
  • Evite passar muito tempo com roupas de banho.
  • Lave as partes íntimas com sabonete neutro.
  • Limpar de frente para trás após urinar ou evacuar pode impedir que as bactérias fecais entrem em contato com a vagina.
  • Evite o uso de ducha íntima, pois ela pode remover as bactérias protetoras da vagina e reduzir a acidez vaginal.
  • Pratique sexo seguro.

 

Como a Clínica Salvata pode ajudá-la nesse processo?

Se você percebeu sintomas de corrimento vaginal anormal, como mudança na cor, na consistência da secreção ou odor fétido, é possível que esteja enfrentando uma infecção vaginal. Estamos aqui para auxiliá-la a identificar o tipo específico de infecção e oferecer orientações sobre o melhor tratamento para a sua condição.

Contamos com uma equipe médica qualificada e especializada, pronta para proporcionar cuidados personalizados e garantir o seu bem-estar. Nosso objetivo é ajudá-la a recuperar a sua saúde íntima de maneira eficaz.

Entre em contato conosco e agende a sua consulta! 


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