Como a adenomiose afeta a vida da mulher

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7 de fevereiro de 2022

Algumas doenças relativas à saúde e infertilidade feminina, como endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP) e miomas uterinos são frequentemente citadas. Elas acabam sendo mais conhecidas pelo público, o que ajuda na sua identificação.

Porém, outras como a adenomiose não são tão faladas, e por isso a conscientização sobre seus sintomas e diagnóstico fica mais restrita. Por conta disso, preparamos esse artigo que irá fazer com que você entenda melhor sobre a doença. Continue a leitura e veja.

O que é adenomiose?

A adenomiose ocorre quando as células do endométrio (camada interna do útero) se desenvolvem em direção ao miométrio (camada intermediária do útero). Isso faz com que o útero cresça de forma anormal e entre em um processo inflamatório.

Essa condição pode provocar um aumento significativo do sangramento menstrual e das cólicas menstruais. Além disso, mulheres com adenomiose têm mais chance de desenvolver endometriose profunda.

Existem dois tipos da doença: a adenomiose focal, que se manifesta por meio de nódulos localizados, as adenomiomas e a adenomiose difusa, caracterizada pela presença generalizada de tecido endometrial na musculatura do útero.

Sintomas e fatores de risco

Um terço das mulheres que sofrem com adenomiose não apresenta sintomas. Porém, quando eles surgem se manifestam principalmente na forma de cólicas menstruais intensas, aumento do fluxo menstrual, dor durante as relações sexuais, inchaço no abdome e dificuldade para engravidar.

Existem também alguns fatores que risco que podem levar ao aparecimento da doença. Alguns deles são:

  • Idade (a maior parte dos diagnósticos ocorre em mulheres entre 30 e 40 anos);
  • Obesidade;
  • Início precoce das menstruações;
  • Cirurgias uterinas como cesariana, remoção de mioma ou dilatação e curetagem;
  • Histórico familiar.

Tratamento

Existem algumas formas de tratar a adenomiose, sendo que a maneira mais adequada será definida pelo médico responsável, em comum acordo com a paciente. Conheça alguns dos principais tratamentos: 

  • Histerectomia: a cirurgia de retirada do útero cessa de vez os sintomas e costuma ser indicada para os casos mais graves da doença, porém não atende mulheres que desejam engravidar.
  • Anticoncepcionais: os hormônios encontrando em anticoncepcionais orais ou no dispositivo intrauterino (DIU) são capazes de controlar os sangramentos, as dores e diminuir a inflamação no miométrio. É indicado para pacientes com sintomas leves.
  • Cirurgias conservadoras: caso a paciente deseje conservar o seu útero, existem técnicas cirúrgicas para remover os focos de adenomiose. Porém, mesmo assim, ainda é possível estar sujeita a complicações futuras, como o desenvolvimento de aderências pélvicas e intrauterinas, redução da capacidade do útero e a recorrência de adenomiose.

Mesmo após realizado o tratamento, a paciente com adenomiose ainda pode sofrer de infertilidade. Nesse caso, ela deve buscar ajuda com métodos como a reprodução assistida, a fim de que possa conseguir engravidar.

A adenomiose é uma doença silenciosa e ainda pouco conhecida, o que faz com que seu diagnóstico seja comprometido. Realize exames regulares com o seu ginecologista e fique atenta a qualquer sinal de alerta.  

A Clínica Salvata dispõe dos melhores médicos e tratamentos voltados para essa enfermidade. Entre em contato conosco e marque uma consulta hoje mesmo.


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