Quais os métodos contraceptivos e qual o melhor?
3 de fevereiro de 2022
É comum que no início da vida sexual exista a preocupação de qual método contraceptivo escolher, ou até se é preciso combinar mais de um para garantir uma boa eficácia. Seja como for, a melhor maneira de fazer essa escolha é conhecendo muito bem cada um deles.
A evolução da ciência e da medicina nos permitiu ter acesso a diversos meios de evitar a contracepção, o que facilita na hora de realizar um planejamento familiar. Mas qual, então, seria o melhor método contraceptivo? Continue a leitura e saiba mais.
Como escolher um método contraceptivo?
Antes de mais nada, a escolha de um contraceptivo deve ser feita em conjunto com o seu ginecologista. Isso é indicado pois será preciso levar em consideração as condições da saúde da paciente, o seu estilo de vida e o seu planejamento futuro: pretende engravidar? Dentro de qual prazo?
Além disso, caso a mulher tenha um parceiro do sexo marculino, ele também pode se envolver no processo, até para eliminar o conceito de que usar métodos anticoncepcionais é uma preocupação exclusivamente feminina.
Afinal, no caso de uma concepção a responsabilidade deve ser de ambos. Por isso, o parceiro pode ser incluído e dividir esse peso com a mulher, realizando a combinação de outro método com o dela, como a camisinha.
Os tipos de contraceptivos
Agora que você já entendeu os fatores que implicam a escolha do seu método contraceptivo, iremos explicar sobre os principais.
Hormonais de ação curta
- Pílula
Contraceptivo oral que geralmente combina estrogênio e progesterona. Inibe a produção do hormônio responsável pela maturação do óvulo. De uso simples e acesso facilitado, o método tem uma eficácia em torno de 99% com o uso correto.
Ele é indicado para mulheres jovens, que tenham problemas com tensão pré-menstrual, e contraindicado para quem apresenta alterações na coagulação sanguínea, além das fumantes, obesas, com mais de 35 anos ou com problemas no fígado.
- Injeção mensal
Produzida à base de progesterona e estrogênio, contém a dose indicada para um mês de contracepção. É uma opção barata e pode ser encontrada nos postos de saúde.
Sua eficácia gira em torno de 97% e 98%, sendo indicado para mulheres que não se adaptam à regularidade da pílula. As contraindicações são as mesmas da pílula anticoncepcional.
- Anel vaginal
É um anel que contém progesterona e estrogênio e deve ser inserido na vagina. Ele
libera diariamente os hormônios. Normalmente é usado por três semanas e retirado por uma semana, quando ocorre a menstruação, mas também é possível fazer o uso contínuo.
O anel apresenta eficácia de 99%, sendo indicado para mulheres que não se adaptam ao uso de pílulas e possuindo as mesmas contraindicações deste método.
- Adesivo
É um combinado de progesterona e estrogênio colado à pele. O adesivo é colado na pele semanalmente, durante três semanas. Depois, fica-se uma semana sem o medicamento.
Ele apresenta uma eficácia de 97%, e é indicado para mulheres que além de problemas com a disciplina ao tomar pílula, também possuem intolerância gástrica a ela. As contraindicações são as mesmas da pílula anticoncepcional.
Hormonais de ação prolongada
- Sistema intrauterino (SIU)
É um dispositivo intrauterino que libera o hormônio progesterona. Ele age no útero, atrofiando o endométrio e fazendo com que o ambiente não seja favorável aos espermatozoides.
O dispositivo é inserido no útero pelo médico, durando de três a cinco anos e com uma eficácia de 99,5%. É indicado para quem sofre com endometriose e não possui contraindicações.
- Implante
Um pequeno bastão à base de progesterona que é inserido sob a pele do antebraço e tem duração de três anos. Sua eficácia chega a 99,8%, mas não deve ser usado por mulheres com trombose ou câncer. A indicação desse método vai para mulheres que esquecem a pílula e aquelas que têm problemas de coagulação.
Há uma versão feita sob manipulação e que é colocada na nádega. É indicada para quem sofre demais com a menstruação: muita tensão pré-menstrual, sangramento abundante, cólicas e endometriose. Com duração de um ano, só pode ser usada com recomendação médica, pois tem como efeitos colaterais pele mais oleosa, acne e componentes mais andrógenos. Atualmente, é conhecido como “chip da beleza”, pois também deixa a musculatura mais definida.
Métodos de barreira
- DIU de cobre
Dispositivo plástico com um filamento de cobre que altera quimicamente o endométrio, dificultando a entrada dos espermatozoides. Como consequência pode causar maior sangramento e cólica, mas não possui contraindicações.
A inserção do DIU pode ser feita em consultório, onde ele é colocado no útero e dura 10 anos. Sua eficácia chega a 96%, sendo indicado para adolescentes ou mulheres adultas que não se adaptaram aos métodos hormonais.
- Preservativo masculino e feminino
Além de ser um método contraceptivo, o preservativo tem a vantagem de proteger contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), possuindo uma eficiência de 85% a 90%, dependendo da qualidade do material e da utilização.
A camisinha é indicada para todas as relações sexuais por prevenir as DSTs, porém não deve ser usadas por pessoas alérgicas ao látex.
- Diafragma
Dispositivo colocado na vagina antes da relação sexual para impedir a entrada dos espermatozoides no útero. Só deve ser retirado pelo menos seis horas após o ato. Normalmente tende a ser mais usado por mulheres com mais de 35 anos, com filhos e/ou parceiro fixo.
O método tem 92% e é contraindicado para mulheres virgens ou alérgicas ao material do dispositivo e durante a menstruação.
Métodos definitivos
- Esterilização feminina (laqueadura)
Procedimento cirúrgico para ligamento ou corte das tubas uterinas que ligam o ovário ao útero. Requer anestesia geral e tem eficácia de 99%.
- Esterilização masculina (vasectomia)
Consiste no corte do canal que leva os espermatozóides do testículo para outras glândulas. É um procedimento seguro, rápido e que não atrapalha o desempenho sexual. Tem 99% de eficácia.
Agora que você já conhece melhor os métodos contraceptivos pode escolher o ideal para você. Não esqueça de consultar o seu ginecologista e realizar exames regulares para garantir o seu bem-estar.